segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Dicas de poupança: fim de ano, novo ano, tempo de planear despesas



Português que é português gosta de ser apanhado de surpresa. Sobretudo por seguros que, sendo anuais, até sabemos com pelo menos um ano de antecedência que vão chegar pelo correio ou simplesmente batem à porta da conta bancária por débito direto. Já lhe aconteceu? A mim já. Há uns anos fui surpreendido por um seguro do carro. Devia estar à espera dele naquele mês mas esqueci-me. Com o sufoco até ao fim do mês, aprendi a lição. Aproveitei para pegar numa folha de papel e somar TODOS os seguros que temos cá em casa: carros, casa, saúde, o seguro do ATL, da piscina, do colégio. TODOS. Até os que não imaginava que tinha.
Aproveitem a oportunidade para anular os que já não vos interessam. Conheço pessoas que descobriram que tinham seguros repetidos. É um absoluto desperdício, porque em caso de os acionar só poderá receber de um. Seguros duplicados é uma das despesas mais absurdas que podemos imaginar.  Bom, depois de fazer a soma de todos os seguros, cheguei a uma primeira conclusão: o valor é astronómico. Anulei os que entendi e dividi o valor do que ficou por 12 meses, abri uma conta bancária em nome de um dos meus filhos (para não pagar despesas de manutenção - menores não pagam) e criei uma transferência automática desse valor todos os meses para essa conta. Agora, sempre que chega um seguro (mesmo que não esteja à espera dele) tenho lá o dinheiro. Sem stresse. Se o leitor achar que é uma boa ideia, pode fazer o mesmo (com outra conta ou a mesma) para o IMI, o IUC e afins. Ou seja, para todas as despesas certas que de certeza terá de pagar.
Pode dizer: “Mas se eu tirar esse dinheiro todos os meses, fico sem dinheiro para o resto...” Certo. Mas então talvez seja hora de rever os seus gastos anuais e reajustar o seu orçamento. Pode tentar renegociar os seguros e anular alguma despesa que afinal não seja essencial. É que, quer queira quer não, terá de gastar esse dinheiro quando a conta aparecer. A única diferença é pagar “à força” e com sofrimento ou estar descansado porque quando ela chegar vai lá ter o dinheiro ou, pelo menos, parte dele. Na minha lista também incluí a inspeção dos carros. Feitas as contas, algumas pessoas chegam à conclusão que trabalham um mês por ano ou mais só para pagar os seguros...
Uma espectadora, no facebook do Contas-poupança, da SIC, deu ainda outro exemplo. Como paga a fatura da EDP de 2 em 2 meses, guarda religiosamente 50 euros num envelope no mês em que não paga. Custa muito menos do que pagar os 100 euros de uma só vez no mês seguinte. É tudo uma questão de organização. Perca 5 minutos a fazer estas contas e talvez fique surpreendido. Até pode ser que não poupe nada em termos financeiros, mas ganha em paz e sossego. Ah! Ter esse fundo de maneio já me safou algumas vezes (Expresso)

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