Os Estados Unidos da América continuam a testemunhar as consequências de uma seca que se prolonga há cinco anos. Na última semana, a United States Drought Monitor declarou que 52% do território norte-americano estava “anormalmente seco ou em seca”, com a situação a agravar-se e a atingir terrenos mais a este. O estado mais preocupante neste momento é o da Califórnia, onde a seca se começou a fazer sentir há dois anos com consequências especialmente visíveis desde 2014. Embora as condições ambientais tenham melhorado na ordem dos 12%, os cientistas continuam a realçar que as boas notícias já são tardias para vários reservatórios e lençóis freáticos. Este verão, o ocidente norte-americano foi fustigado por dezenas de incêndios que puseram em perigo habitações, como escreve o The Vane. A esperança californiana está no El Niño, o fenómeno climático que, apesar de ter reflexos mais vincados no Pacífico sul, pode trazer um maior volume de chuvas para o território americano e atenuar os anos de seca. Atenuar, mas nunca terminar com a seca: as análises do Climate Prediction Center dizem que nem um inverno todo de chuvas seria suficiente para reparar tudo o que já se perdeu.
Desde 2010 e até 2013, o sul dos EUA foi fustigado por uma seca extrema que atingiu 13 estados e parte do México. Entretanto, pouco antes da situação ambiental ter melhorado nesta parte do país, o ocidente dos Estados Unidos secava a um ritmo nunca visto desde há 1.200 anos. A ilustrar a severidade da falta de água nos estados do Arizona, Nevada e Califórnia está o lago artificial Powell, o segundo maior reservatório dos Estados Unidos, entre o Arizona e Utah, com base no rio Colorado. Com capacidade para mais de 30 milhões de litros de água, o lago Powell é atualmente o maior reservatório quase vazio do país (Observador)
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