sábado, 9 de maio de 2015

EDP reduz dívida para 16,8 mil milhões

"A EDP voltou a baixar a elevada dívida e, desta vez, foi uma queda expressiva. Depois de uma redução de 41 milhões de euros entre 2013 e 2014, a empresa conseguiu agora, entre janeiro e março, fazer um corte de 263 milhões de euros e chegar a uma dívida de 16,8 mil milhões. É a primeira vez desde 2013 que fica abaixo dos 17 mil milhões e é também o valor mais baixo desde 2011, ano em que atingiu os 16,9 mil milhões de euros. Contudo, segundo o CEO da empresa, António Mexia, a descida poderia ter sido ainda muito mais expressiva. "Tivémos um impacto negativo de 436 milhões de euros por causa do câmbido do dólar versus o euro. Se não fosse esse factor a dívida teria descido 700 milhões para 16,3 mil milhões", disse ontem na conferência de apresentação dos resultados do trimestre aos analistas. Mas acrescenta: "Na prática é um problema de contabilidade e o que é importante é que a dívida está a descer e estamos a cumprir os nossos objetivos", adiantou. De facto, o grande desafio da EDP para os próximos anos é, precisamente, baixar a dívida ao mesmo tempo que continua a investir em novas barragens e parques eólicos. Para isso, a empresa desenhou uma estratégia assente no refinanciamento dos empréstimos e na venda de participações minoritárias em barragens e eólicas, e tem estado a conseguir atingir os objetivos a que se propôs. Aliás, segundo o que foi apresentado ontem aos analistas, a EDP garante que a dívida ficará abaixo dos 17 milhões no final deste ano. Mas a verdade é que, apesar da estratégia da empresa, a redução da dívida está dependente de fatores externos e é, por isso, uma das grandes preocupações dos mercados. Um desses factores diz respeito ao facto do dólar estar a valer quase tanto como o euro. E o outro refere-se à consolidação nas contas da empresa da compra de 50% de uma central a carvão no Brasil, um negócio de 94 milhões feito em 2014 e que não estava nos planos da EDP.
Novos mercados só pós 2017
A estratégia de contenção de custos e de redução de investimentos aliada à venda de participações minoritárias em ativos da empresa é o dos grande pilar do plano de negócios da EDP e da EDP Renováveis até 2017, mas nem por isso deixam de olhar para novos mercados. Contudo, concretizações só após 2017. "Estamos a considerar outras geografias na América Latina, além do Brasil, mas pode demorar tempo. Estamos a criar opções para o plano de negócios após 2017", disse Mexia em resposta a um analista que o questionou sobre qual o futuro da empresa. Fora de questão está também comprar as eólicas que a Enel Green Poower/Endesa está a vender em Portugal e que podem valer 500 milhões de euros, tal como o Dinheiro Vivo já tinha noticiado. A EDP até já tem uma participação num dos projetos, mas Mexia garante que fica tudo como está. "Não estaremos envolvidos nisso. Vamos manter a nossa posição tal como está", disse" (fonte: Dinheiro Vivo)

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