sexta-feira, 18 de março de 2016

Diretora-geral da UNESCO quer punições severas para quem destrói monumentos

A diretora-geral da UNESCO falou em exclusivo com a euronews no Dubai e defendeu que não deve ser permitida a impunidade àqueles que atentam contra a herança cultural da humanidade. A búlgara Irina Bukova, de 63 anos, referia-se nomeadamente aos extremistas islâmicos que têm vindo a destruir diversos monumentos um pouco por todo o mundo. Se recordar o que se passou no Mali, quando os extremistas destruíram o mausoléu em Timbuktu, nós não só reconstruímos aquele mausoléu e eu mesma estive, a 14 de julho, na inauguração do mausoléu reconstruído, como também trabalhámos com o Tribunal Penal Internacional. Com a Procuradora Fatou Bensouda exigi que fossem levados à justiça esses criminosos”, contou-nos Iryna Bukova, acrescentando: “O primeiro suspeito já está em Haia e eu sei que o processo penal já começou.” Iryna Bukova esteve no Dubai para assistir ao IV Fórum Global da Educação, onde este ano coube ao Papa Francisco anunciar a distinção da palestiniana Hanan Al Hroub como “a melhor professora do Mundo”. Através de um vídeo, o Sumo Pontífice considerou os professores como “artesãos da humanidade, construtores da paz e do encontro.” Francisco enalteceu Hanan Al Hroub pela importância que esta palestiniana que passou a infância num campo de refugiados e atualmente dá aulas a crianças traumatizadas pela violência. A professora agradeceu. “Os professores podem mudar o mundo. Estou orgulhosa de ser uma professora, mulher e palestiniana, aqui neste palco”, afirmou Al Hroub, após receber o prémio, que inclui uma verba em dinheiro de quase 900 mil euros. A professora prometeu usar o dinheiro para ajudar os seus alunos. A correspondente da euronews nos Emirados Árabes Unidos, Rita Del Prete, assistiu a um Fórum onde também se abordou outro dos problemas atuais da humanidade: “No Fórum da Educação falou-se também do drama dos refugiados e de como podemos evitar que as novas gerações de jovens migrantes sejam abandonadas à sua sorte. A educação — pudemos ouvir — é a principal ferramenta para combater o extremismo e a radicalização.” (Euronews)

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